quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

COM QUEM O LÍDER PODE APRENDER?

willow

Com quem um líder pode aprender ou de quem um líder deveria aprender? Qual a abrangência do campo de candidatos de quem você, como líder, pode aprender? É muito restrito? É mediano? É bastante abrangente?
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Conheço alguns líderes que só conseguem aprender de pessoas que são basicamente iguais a eles, que pensam igual a eles, oram igual a eles, votam igual a eles, vêem o mundo da mesma forma que eles.

Quando eu vejo um líder assim, sinto pena desse líder, e mais pena ainda dos seus liderados, pois eles serão privados de um mundo de informações e de um universo de idéias poderosas que Deus poderia usar para desafiar aquele líder, para fazê-lo ir além de seus limites, para fazê-los crescer como seguidores de Cristo e como líderes.

Algumas das melhores lições de liderança que eu já aprendi vieram de alguns candidatos muito improváveis. Se há alguns anos atrás você me dissesse que um intelectual com cara de vovô que lidera uma instituição acadêmica na “Terra do Lá-lá-lá” – isto é a California para quem não sabe – seria capaz de depositar lições práticas e inesquecíveis de liderança em mim, eu teria dito que não seria muito provável.

Mas aconteceu no Leadership Summit de 2003. Steve Sample, na época presidente da Universidade do Sul da Califórnia, teve um impacto tremendo e duradouro na minha vida. Mantivemos contato e ele tornou-se um tipo de mentor à distância para mim.
Se você me dissesse que eu iria aprender lições valiosas sobre liderança de um pastor de Soweto, África do Sul, de um professor Hindú de Harvard ou de um pesquisador de liderança agnóstico, eu teria duvidado de você.

Mas eu tenho uma dívida enorme a pagar a Mosa Sono de Soweto, Ashish Nanda da Harvard e Jim Collins, que tem beneficiado a todos nós como seus conhecimentos, e então eu quero lhe perguntar: De quem você pode aprender?

A sua abrangência está aumentando ou ficando mais restrita à medida em que você amadurece como líder?

Alguns meses atrás recebi uma mensagem de um pastor que dizia: “Devido a sua decisão de incluir certa pessoa como palestrante esse ano”, ele disse: “Como forma de protesto, eu não irei ao Summit esse ano, e os nove principais líderes da nossa igreja também não irão. Estou cancelando nossa ida”.

Isso me fez lembrar meus dias como pastor de jovens, quando um jovem do ministério tirava nota baixa no boletim, e seus pais, crentes, o castigavam proibindo-o de ir para a reunião do grupo de jovens por um mês.

E eu pensava: “Essa não é a atitude mais inteligente!”. Então eu escrevi para esse pastor que estava protestando e cancelando a vinda juntamente com mais nove líderes de sua igreja, e eu falei da maneira mais branda que pude, mas eu disse, “Eu acho que você está cometendo um erro de liderança.” “Ao meu ver, eu disse,privar toda a sua equipe de liderança de um evento como esse porque você tem problema com um dos palestrantes… Acho que esse é um castigo cruel e desnecessário para a sua equipe. Acho que isso é uma liderança míope”.

Então eu lhe propus uma alternativa, da maneira mais gentil e branda possível. Eu disse, “Eu recomendo o seguinte: Venha e traga toda a sua equipe, e quando chegar na sessão do palestrante do qual você não gosta, transforme aquilo em um momento de ensino, um momento de treinamento para a sua equipe.

Diga à sua equipe, “Eu tenho opiniões negativas sobre o palestrante da próxima sessão, mas vamos assistir juntos, e por uma questão de disciplina vamos tentar aprender o que pudermos dessa pessoa, e depois vamos nos encontrar e descobrir se Deus nos falou algo através dessa pessoa, o que nós aprendemos, o que gostamos, o que não gostamos, mas vamos processar isso juntos, arriscar e ver o que Deus vai fazer”.

Eu falei para aquele líder que eu achava que aquilo serviria como um exemplo de grandes coisas para a sua equipe. Agora, queria falar para vocês que estou fortemente determinado a continuar reunindo equipes de palestrantes que cause um certo desconforto em alguns de vocês.

É verdade.

Às vezes temo que alguns de vocês achem que acabamos usando alguns palestrantes controversos por acidente. Não é por acidente, amigos. É absolutamente intencional. Nós achamos que uma das maneiras em que podemos servir a líderes de igrejas é expandir a abrangência do seu aprendizado.

Nós achamos que vocês já são bem crescidinhos. Achamos que vocês sabem discernir. Nós achamos que vocês sabem separar o joio do trigo. Nós achamos que vocês sabem pesar as coisas, submetê-las ao testemunho do Espírito Santo e da Palavra de Deus, retendo o que é bom e rejeitando o que é ruim.

Nós somos ousados ao ponto de esperar que líderes de negócios venham e aprendam de pastores, pois muitos do mundo de negócios têm se isolado do aprendizado do âmbito religioso. Nós também não achamos que isso deva acontecer.

Mas no final do dia tem tudo a ver com aprendizado, líderes, tudo a ver com aprendizado, e se a igreja local é a esperança do mundo, afirmação pela qual estou disposto a morrer, pois creio que ela é mesmo, e se eu recebi várias responsabilidades de liderança para cumprir, é melhor ser um bom aluno e aumentar a abrangência do meu aprendizado para que eu possa aprender e crescer, e fazer o melhor que eu puder.
Vocês concordam comigo?

Bill Hybels

Fonte:SOLOMON

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