quinta-feira, 24 de junho de 2010

... menos, e não mais.

https://x1iyuq.bay.livefilestore.com/y1mrbS6a6Nsn_qPnyV0f21zT6fjhkKnTY10zeaNeHgPJSOBmUTl9GIrQkrTN-Gde0-Aro6LuHecapgqQLrYbsGfFg6D7aeFfN5QLiTmaDphPjyrbVbmSkEujoXz7OgyilyETzplaN9sObHJZ4uDY_geyQ/pai%206.jpg

Não é um pai que queremos no céu, mas um avô, cujo plano para o universo tivesse sido tal, que se pudesse dizer ao fim de cada dia: - Todos tiveram um dia maravilhoso.

Eu gostaria muito de viver num universo regido por essas leis, mas, já que isso não acontece, e eu tenho motivos para crer que Deus é amor, concluo que o meu conceito de amor precisa ser corrigido...

O problema de reconciliar o sofrimento humano com a existência de um Deus amoroso somente é insolúvel enquanto damos um significado trivial à palavra “amor”, e limitamos a sabedoria de Deus pelo que nos parece ser sensato.

Desenhando para apenas divertir uma criança, um artista pode deixar de se ater à perfeição; não exigirá de si mesmo perfeição absoluta. Mas, ao fazer um quadro, que pode ser o melhor da sua vida – obra na qual ele põe todo seu amor, embora de um modo diferente, mas tão intenso quanto o amor de um homem por uma mulher, ou da mãe pelo filho – ele não medirá esforços para fazê-lo perfeito, mesmo que isso fosse sentido pelo quadro, se este fosse um ser vivente. Pode-se imaginar um quadro que pudesse sentir todas as vezes que a pintura fosse apagada, raspada e recomeçada pela décima vez; provavelmente, o quadro desejaria que fosse apenas um leve esboço e que terminasse num minuto. Do mesmo modo, é natural que desejemos que Deus tivesse planejado para nós um destino menos glorioso e menos árduo; mas, então, estaríamos desejando menos e não mais.


Extraído de O Problema da Dor, C.S.Lewis.

Nenhum comentário:

Postar um comentário