quinta-feira, 2 de junho de 2011

Fé e Sentimentos - oponentes ou complementares?

 
 
Por Hermes C. Fernandes

O Apóstolo Paulo afirma que devemos viver por fé, e não por vista. Poderíamos parafraseá-lo, afirmando que devemos ser guiados pela revelação proveniente da Fé, e não pelos sentimentos e informações obtidos pelos cinco sentidos.
Se nossos sentidos não são confiáveis, o que dizer de nossos sentimentos?
As Escrituras dizem que o coração do homem é enganoso, e irremediavelmente corrupto. E isso parece apontar para o fato de que nossos sentimentos não deveriam ser levados em conta.
Porém, este é o estado do homem natural, cujo coração está oco, sem a presença do Espírito Santo. Devemos recordar que Deus prometeu que substituiria nosso coração de pedra, por um novo coração. Logo, novos sentimentos começam a brotar. É por causa deste novo coração que podemos ter “o mesmo sentimento que houve em Cristo”. Entretanto, devemos ser guiados pela Fé, e não por sentimentos, por mais nobres que sejam.
Comparemos a vida humana a um automóvel. Os quatro vidros laterais e o traseiro representam nossos sentidos, e os sentimentos decorrentes deles. O parabrisa dianterio representa a Fé. Não podemos dirigir olhando para os lados, nem constantemente para trás. Temos que dirigir olhando para frente, vivendo pela Fé. Ainda que os demais vidros do carro tenham sua importância, dando-nos uma visão panorâmica da realidade que nos circunda, o vidro dianteiro é que nos oferece uma visão que nos permite seguir em nosso caminho. Portanto, nem os sentidos, nem os sentimentos são dispensáveis, pois cumprem um papel importante. Mas devem estar submetidos à primazia da Fé.
 

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