Eu
nunca tive problemas com Cristo, mas os cristãos sempre me deram dor de
cabeça. E eu costumava evita-los se pudesse. Eu sempre os achei
completamente desinteressados culturalmente, politicamente. Achava muito
difícil ficar à vontade com eles. Eles pareciam tão estranhos para mim,
e estou certo de que eu era estranho para eles.
E apesar de tudo isso eu encontrei algumas pessoas na escola que
conheciam as Escrituras. Foi um momento bom, quando algumas pessoas se
interessaram muito pela igreja primitiva e a possibilidade de imitá-la.
Mas os cristãos podem ser muito críticos, e, particularmente quanto à
aparência das pessoas ou o modo como tocam a vida. Eles têm a tendência
de julgar as pessoas por seus problemas superficiais. Imoralidade
sexual, essas coisas, são a preocupação histórica da igreja, enquanto
que a avareza política ou coisas assim nunca são mencionadas.
Estou bem certo de que o universo opera pelas leis do “karma” e que
todas as leis físicas mostram que aquilo que você semeia é aquilo que
você colhe. E aí a história da Graça entra em cena, que é de fato a
história de Cristo e que vira essa visão do universo de cabeça para
baixo.
Ela é completamente contra-intuitiva. Quero dizer, é muito difícil
para os seres humanos entenderem a Graça. Podemos entender a
propiciação, vingança, justiça… Tudo isso pode ser compreendido, mas não
entendemos a Graça muito bem.
Estou muito mais interessado na Graça porque dependo dela, preciso
dela desesperadamente. Se eu viver por meio do “karma”, estou com
grandes problemas.
Jesus foi como Charles Manson, um maluco total, ou, em minha opinião,
foi quem ele disse que era [filho de Deus]. E estamos diante de uma
escolha muito difícil.
Porque esse homem foi para cruz dizendo que era aquele que havia sido
anunciado e que era Deus encarnado e que Deus amou o mundo tanto que
ele tentou se explicar ao mundo tornando-se um de nós?
Bono Vox
Em entrevista para Bill Hybels.
Por Abner Arrais
Fonte:Solomon
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