quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Há futuro para nós, os humanos?

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Nós, os humanos somos mesmo viáveis? A despeito de todas as carnificinas, tragédias e genocídios, acredito que sim. Caso não fôssemos, a humanidade jazeria na vala comum onde descansam os dinossauros.


A maldade, mesmo universal, mesmo profunda, mesmo cruel, ainda não conseguiu suplantar o bem -  afinal de contas ainda estamos por aqui.  Os maus têm maior visibilidade, amedrontam, intimidam facilmente, mas não conseguem prevalecer. Por mais que resfoleguem ódios, por mais que transbordem horrores, os maus continuam impotentes diante do fluir vagaroso da bondade.  Os fiapos luminosos da solidariedade são mais fortes que as cadeias do egoísmo. Os frágeis esforços da paz impactam enquanto o rescaldo de uma guerra, horroriza.

Os Judas, os Brutus, os Pinochets, os Husseins, os Bushes estão condenados a descer pelo esgoto da história. Esses, como todos os mortais, serão reduzidos ao pó. O ímpio, porém, fica na história como uma nódoa. O maligno se condena aos níveis mais baixos do mundo de Dante. O único legado que o ímpio deixa é gerar indignação nos bons –  indignação que acaba se transformando em iniciativas pela justiça.

Os justos encarnam a metáfora da aurora, que vai brilhando, brilhando até se tornar dia perfeito. Na vasta planície onde se reúnem os justos, encontramos mulheres e homens de boa vontade – eles, sem espalhafato, tornam a vida possível, e alongam a história.

Devemos aos que têm fome e sede de justiça os lampejos da esperança, que nos animam rumo ao porvir.  O olhar divino que nos incentiva a prosseguir vem dos pacificadores – também chamados, filhos de Deus.

O milênio começou mal: com o vazio dos ideais. A ressaca da festa da modernidade vem da montanha de cadáveres que produzimos. Perplexos, no contrapé histórico de não sabermos que esquina dobrar, vale repetir que a última esperança, a que pode prometer algum futuro para nós, repousa nas palavras do Nazareno: “Bem aventurados os mansos, eles herdarão a terra”.

Soli Deo Gloria

Por:Ricardo Gondim

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